Menopausa

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Menopausa

CLIMATÉRIO É IGUAL MENOPAUSA?
Não é a mesma coisa. Climatério é um período; menopausa, uma data. O primeiro é um tempo de transformações físicas e emocionais relacionadas ao declínio na produção de hormônios pelos ovários. O marco é a última menstruação espontânea, a menopausa, que no Brasil ocorre em média aos 50 anos. Já o climatério vai dos 40 aos 65 anos. O mais importante dessa fase é a perimenopausa (que abrange de dois a quatro anos antes até dois depois da menopausa), quando podem ocorrer grandes flutuações nas taxas de estrogênio, exigindo esforço de adaptação do organismo.

QUAIS SÃO OS PRIMEIROS INDÍCIOS?
Em geral ocorrem alterações no padrão menstrual: os ciclos ficam mais curtos antes da menopausa. O sangramento, antes a cada 28 dias, pode vir a cada 23. Depois, o intervalo sobe para 40, 50, 60 dias. O aspecto muda, o fluxo aumenta e logo a seguir surgem falhas menstruais. Além disso, a TPM pode ficar mais intensa. Para fechar o diagnóstico, é preciso descartar hipóteses como miomas e tumores no útero e ovário.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
O fogacho ou calorão, a falta de estrogênio, no cérebro, o centro regulador da temperatura. De cada dez mulheres, quatro sentem calor no rosto, pescoço e tórax e sufocação por cinco minutos. Esporádico no início, o fogacho pode se tornar freqüente. Alterações do sono e humor, cansaço, irritabilidade, pouca concentração e perda de memória são comuns. Elas já se manifestam na perimenopausa – e desaparecem quando o organismo se adapta a carência hormonal ou perduram por anos. Muitas vezes há repercussões em outros órgãos: a diminuição do estrogênio compromete o metabolismo do colesterol (e minimiza a proteção ao coração), a integridade dos ossos e a vitalidade da pele. A insônia decorre das ondas de calor à noite, sendo que a irritabilidade é uma conseqüência de noites mal dormidas. A maioria das mulheres se queixa de secura vaginal; a lubrificação depende do grau de excitação e da integridade da mucosa, que é influenciada pelo estrogênio. O prolongamento do tempo de carícias pode contornar o problema. Lubrificantes no ato ou cremes à base de hormônio costumam reduzir o desconforto.

TODA MULHER ENGORDA?
O risco existe a partir dos 35 anos porque o metabolismo é lento. Após a menopausa, a distribuição da gordura tende a se modificar: em vez de se concentrar nos quadris e nas coxas, fica no abdome – e é pior para o coração.

POR QUE A REPOSIÇÃO HORMONAL É TÃO POLÊMICA?
Reposição hormonal é a administração de estrogênio e progesterona via oral, nasal, vaginal e transdérmica (adesivos ou gel). Para mulheres com câncer de mama, doença hepática grave, hipertensão e diabetes de difícil controle, é totalmente desaconselhada. A polêmica surgiu em 2002, quando um estudo mostrou que, além de aumentar a probabilidade de câncer de mama, traria perigo para o coração. Após receber críticas por avaliar mulheres idosas (mais sujeitas aos males cardíacos), o trabalho foi revisto. O risco de câncer de mama se manteve. Concluiu-se-, porém, que, se a terapia for iniciada mais cedo (até cinco anos a contar da data da menopausa), pode haver proteção ao coração. Assim, a tendência é adotar doses mínimas, pesando em cada caso riscos e benefícios. Há muita discordância entre os médicos, a velha prática de indicar hormônio para todas como meio de preservar a juventude é vista com maus olhos.

OUTRAS ALTERNATIVAS QUE AJUDAM A DRIBLAR OS SINTOMAS
Os exercícios reduzem em até 40% o calor. Caminhada e musculação previnem osteoporose. A ingestão de cálcio (leite, queijo, folhas escuras) e vitamina D (salmão e cavalinha) ajudam. Acupuntura e ioga melhoram o sono e o bem estar. Fito-hormonios: formulações à base de plantas (isoflavona da soja, cimicífuga racemosa, yam mexicano e trevo-vermelho) podem atenuar sintomas leves e moderados. Remédios à base de ciclofenila e veraliprina aliviam o calor. Antidepressivos (venlafaxina, paroxetina e fluoxetina, em baixas doses) estabelecem o equilíbrio dos neurotransmissores.

Fonte: Adaptado da Revista Cláudia (Janeiro/2010)

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